29/10/2025

Uma Breve História do Blog do Cavalo Atômico

Boa noite, visitantes.

Como vem acontecendo mais ou menos uma vez por ano, me senti nostálgico novamente para escrever aqui no blog. Só que desta vez não trago um assunto relacionado a Transformers, mas sim ao próprio blog e ao seu protagonista: o primeiro e único Cavalo Atômico. Percebi que nunca contei toda a sua história por aqui, apesar de já ter feito isso em outros lugares, e achei que seria legal registrá-la neste ano tão especial em que o blog e o próprio personagem completam seus 15 anos de existência.

Não consigo me lembrar qual foi o exato momento em que o personagem do Cavalo Atômico nasceu, mas com certeza foi em 2010 ou um pouco antes, dificilmente além de 2009. A ideia surgiu no instante em que eu combinei um cavalinho de brinquedo com um míssil que se encaixou perfeitamente entre as suas pernas. O cavalinho nada mais é do que um brinquedo super genérico desses que se encontra em qualquer lugar que vende brinquedos vagabundos, e é possível que você já tenha tido alguns iguais ou encontrado muitos deles por aí. Esse molde provavelmente já foi lançado em todas as cores do arco-íris, mas eu sempre só tive amarelos. E sim, eu tinha (e ainda tenho) mais de um desses cavalos, mas só um deles pode ser o Cavalo Atômico porque eu só tenho um desses mísseis, apesar de que, se não me falha a memória, no início eu tinha dois. Eles faziam parte de um conjunto de caminhões militares e soldadinhos desses que também podem ser encontrados em lojas de brinquedos baratos. Pelas fotos dá para perceber que o plástico nos estabilizadores possui marcas de estresse, mas por sorte nunca chegou a quebrar, e a parte preta é uma pintura com tinta guache que eu fiz sabe-se lá por quê. Acho que eu tive uma fase na infância que gostava de pintar as coisas à toa, mesmo.

Foto mais antiga do Cavalo Atômico, possivelmente datada de 16 de junho de 2010.

Por último, veio o arpão. Isso sem dúvidas aconteceu em 2010, pois a foto acima confirma que na primeira metade daquele ano esse detalhe ainda não existia. Lembro muito bem de como foi o momento em que encontrei, no chão da sala de aula, a peça de uma caneta que alguém certamente havia perdido. Quando olhei para ela, decidi juntá-la do chão e imediatamente tive a ideia de guardá-la comigo, já pensando em fazer um experimento. Quando cheguei em casa, tentei encaixá-la no míssil do Cavalo e, como eu esperava, ficou uma combinação perfeita. Aquela peça de caneta abandonada havia acabado de se tornar um arpão, e o visual do meu personagem estava finalmente completo.

Primeira foto do Cavalo Atômico com seu arpão, possivelmente datada de 18 de agosto de 2010.

Com o personagem criado, faltava apenas decidir qual seria a sua história fictícia, mas essa parte não veio assim tão facilmente. Em um primeiro momento, lembro de não ter me preocupado muito com isso, e mantive o Cavalo entre os meus brinquedos apenas como algo engraçado que eu havia inventado. Eu mostrava ele para os meus amigos, e cheguei até a levá-lo comigo na escola, mas não fazia mais do que isso além de imaginá-lo voando pelos céus em seu míssil atômico disparando seu arpão. Parecia que a história do personagem ficaria só por isso mesmo, até o fatídico dia em que, só Deus sabe o motivo, eu decidi que usaria ele como uma forma de persona minha na internet, e assim nasceu o blog que vocês estão lendo agora.

No saudoso ano de 2010, blogs em geral ainda estavam em alta, e o Blogger era uma das melhores ferramentas para se criar um blog simples e sem compromisso. Acho que este foi o primeiro que criei, mas não duvido que eu tenha apagado da minha mente alguma tentativa anterior. Aquela época é cheia de lembranças extremamente confusas e nebulosas na minha cabeça, em que lembro vagamente de algumas coisas e tenho certeza que enterrei outras tão profundamente que não consigo mais encontrar. Eu tinha dezenas de perfis no Orkut, sei lá quantas contas no MSN, já devia estar no meu segundo Twitter e também no meu segundo canal no YouTube, havia a recém criado um Facebook pela primeira vez e ainda por cima era viciado em usar o Yahoo! Respostas. Por isso que não me surpreenderia saber que eu tive outros blogs antes deste, mas para todos os efeitos este foi o único que "deu certo", por assim dizer.

Primeira versão do cabeçalho do Blog do Cavalo Atômico.

Seja como for, a primeira postagem está datada de 19 de setembro de 2010, dia que acredito ter sido o mesmo em que o blog foi criado. Ela já demonstra o meu jeito nada sútil de escrever na internet, que presumo ter se tornado uma das minhas características mais marcantes para quem sempre leu o que escrevo. De certa forma, é um reflexo bastante fiel de como eu falo e penso na vida real, para o meu próprio desconforto. Em retrospecto, é muito engraçado ver o post declarando tão orgulhosamente que o blog servirá para eu falar sobre quaisquer assuntos que eu quiser, só para no fim das contas ele ter sido absolutamente dominado por Transformers. Está aí mais um reflexo da minha vida real que me dói só de pensar. E não, o gif de Evangelion não estava lá desde o começo, eu adicionei ele em 2018 junto dos comentários da Piroquinha e do Porco-Demônio que fiz apenas para tirar um print e incluir em um vídeo, mas falaremos mais sobre isso mais tarde. E aliás, ignorem o comentário do Wilton xingando o Porco, por favor, porque isso não estava no roteiro.

E assim começou a primeira fase do blog, que em seu primeiro mês recebeu alguns posts que hoje não existem mais. Os motivos para eles terem sido deletados são variados e não se deram todos de uma vez. Tenho vagas lembranças de posts que fiz e achei tão ruins que deletei ainda naquela época, já outros foram deletados anos mais tarde quando comecei a revisitar o blog. Lembro que alguns desses posts eram sobre um jogo do Super Mario chamado "Mario Forever", que acho que não é um jogo oficial, e sim um fanmade, e que eu tinha no meu computador na época. Um post era baseado naquelas matérias de sites e revistas de jogos que ensinavam o leitor a passar de fase e descobrir segredos, enquanto outros eram montagens que eu fazia do jogo em formato de histórias em quadrinhos. Mais recentemente, tive que deletar uma série de três posts com gifs de figuras em palito que criei usando um programa chamado Pivot, pois perdi todos aqueles gifs (também explicarei isso mais tarde) e concluí que manter aqueles posts quebrados não faria sentido. Outro post que precisei apagar foi um no qual o único conteúdo era um gif do meu HFTD Leader class Starscream abrindo e fechando a boca, que felizmente eu salvei em formato de vídeo e subi no YouTube antes de perder o gif original.

Dos posts que perderam suas imagens, o único que não tive coragem de deletar foi uma amistosa provocação ao meu velho amigo de infância Lucas Menezes, que também havia acabado de criar o seu próprio blog no Blogger. Lembro apenas de dois posts do seu blog, um sobre os segredos macabros do GTA IV, no qual eu aprendi sobre a existência do coração batendo dentro da Estátua da Liberdade, e outro em que ele postou um print mostrando que fez 1180 pontos no Paciência Spider. Aí eu, grande amigo que sou, decidi fazer uma montagem em que eu pontuava 8000 pontos e postei aqui. Eu teria gostado se isso tivesse dado início a uma longa tradição dos nossos blogs se cruzarem, mas ele abandonou o dele pouco depois e acho que não existem mais registros de sua breve existência na internet. Realmente uma pena. Por isso que, mesmo sem a imagem original, decidi preservar o post devido ao seu valor histórico e pessoal.

Em seguida, veio o post que acredito ter sido o primeiro sobre Transformers, mas que não é nada lisonjeante. É apenas um post no qual eu chamo a atenção para o fato de que o liquidificador do Sam em ROTF se transforma em um robô literalmente chamado "Dickbot" e possui um canhão saindo da pélvis. Um clássico do Michael Bay, não é mesmo? Isso aconteceu porque estávamos vivendo um período de transição nas redes sociais, como já mencionei acima, e não tínhamos um lugar bem definido ainda para compartilharmos nossos memes. Então às vezes eu decidia criar posts aqui no blog só por causa disso. Algum tempo depois, fiz uma continuação do post comparando o design do corpo do DOTM Deluxe class Jolt com o rosto do Dickbot, mas esse foi um dos posts que decidi excluir por me envergonhar dele. Não que eu não me envergonhe desse primeiro também, mas acho que ele tem relevância demais para a história do blog para ter a honra de ser deletado.

Recriação do post deletado que comparava o corpo do Jolt com o Dickbot.

Então chegou o dia 24 de outubro, dia que se tornaria emblemático para mim por um motivo que jamais revelarei aqui, mas isso só se deu a partir de 2011. Em 2010, esse dia ainda não significava nada para mim e, por coincidência, foi nele que fiz dois posts aqui no blog. Um foi o gif do Starscream mencionado acima, e o outro foi uma história em quadrinhos com fotos revelando a origem do Cavalo Atômico. Sim, voltamos a falar desse assunto, como planejei desde o início! Essa foi a primeira versão da origem que imaginei para o personagem: ele seria um cavalo normal chamado "Tomi" que vivia com outros animais na fazenda de um tal de "Dimmy Jake", até que um míssil cairia no maior estilo Omnitrix no meio da noite e se fundiria a ele, lhe dando superpoderes. Sua primeira batalha aconteceria contra dois búfalos selvagens que tentariam invadir e roubar a ração da fazenda, com um deles sendo morto assim que o Cavalo usasse seu arpão pela primeira vez. O búfalo sobrevivente então escaparia e contaria o que aconteceu ao seu chefe, que era para ser um tipo de "super-búfalo" e que teria sido o primeiro supervilão do Cavalo Atômico caso a história tivesse continuado. É difícil dizer exatamente por que eu não continuei contando essa história, mas com certeza tem a ver com a minha velha mania de começar algo e nunca terminar, uma maldição que pode ser observada em praticamente tudo que eu já fiz na internet até hoje. De qualquer forma, a decisão de não continuar essa história em particular foi tomada muito cedo, pois o post havia sido deletado ainda durante aquela época e só foi restaurado recentemente. Mesmo que eu não considere mais essa versão da origem como "canônica", fico feliz que ela tenha conseguido sobreviver por todos esses anos.

Foi logo no dia seguinte que veio um dos posts mais icônicos de toda a história do blog, o grande dilema dos Constructicons em ROTF. Pelo menos para mim esse post foi de uma importância ímpar. Foi a primeira vez que escrevi algo que parecia longo e complexo para os padrões da época, e me diverti muito colocando para fora todas as minhas teorias sobre os Constructicons. Em geral, ainda concordo com tudo que eu quis dizer ali, apesar de que hoje sabemos que a confusão por trás dos membros do Devastator se tornaria ainda maior com o tempo do que eu jamais poderia ter imaginado quando escrevia aquele velho post. Mas enfim, ainda tenho um carinho muito grande por ele, e nunca vou deixar de imaginar como o blog poderia ter sido se eu tivesse dado mais ênfase em seguir criando esse tipo de post ao invés dos que vieram depois.

Os posts seguintes podem ser divididos em duas séries, uma que sobrevive até hoje e outra que não. A que foi completamente pulverizada era uma em que eu copiava imagens dos quadrinhos oficiais de Transformers direto da TFWiki e substituía as falas dos balões por piadas que eu inventava na hora, baseadas apenas na impressão que as imagens me davam. Era tão sem graça quanto você pode estar imaginando, ou pior. A segunda série era composta por histórias em quadrinhos feitas por mim mesmo tirando fotos dos meus Transformers, semelhantes à primeira história do Cavalo Atômico. No total, foram postados oito "dioramas", que é como a gente costumava chamar esse tipo de coisa mesmo não sendo o uso correto da palavra, entre 29 de dezembro de 2010 e 18 de março de 2011, sendo eles: "O Alienígena!""Bonecrusher Aprendeu a Lição""A Manifestação dos 'Mortos'""Barricade Interrogador"Eu Não Sou Barricade!"A Surpresa de Starscream""Jazz vs Jolt" e "O Pegador". Dentre elas, apenas "Barricade Interrogador" conta com a participação do Cavalo Atômico. Como a minha criatividade era muito prolífica naquela época, eu vivia criando coisas com meus Transformers sem parar, mas infelizmente quase tudo foi se perdendo com o passar do tempo, e é reconfortante saber que pelo menos essas historinhas sobreviveram graças ao blog. Por isso fica aí o lembrete de que é fácil demais perdermos as coisas que postamos na internet, especialmente nas redes sociais, e por isso é sempre bom fazer um backup delas em um dispositivo físico e pessoal nosso.

Uma das imagens usadas para postar com os balões de fala alterados.

Para fechar essa primeira fase do blog, falta apenas comentar sobre alguns posts. No último dia do ano fiz um post de Feliz Ano Novo, contendo uma foto que reunia o Cavalo Atômico e todos os Transformers que eu tinha até aquele momento com outros brinquedos que marcaram a minha infância: Rex, o tiranossauro; Abissílio, o chasmossauro; Rego e Rigo, o suricate azul e o urso preto, respectivamente; uma orca que apita; quatro dilofossauros e um outro dinossauro; dois carrinhos velhos e quebrados; um homenzinho de Lego genérico; um Pokémon Marill; um saco de dinheiro; duas cartas do jogo Transformers Mega Cards; e um ovo de dragão contendo um robô da revista Recreio dentro; além também de uma criatura criada no Spore que adicionei na pós-produção. Um tempo depois, no dia 17 de janeiro, fiz o menor post de todos os tempos apenas para contar que eu estava viajando e não poderia postar, outra relíquia de uma época em que ainda não estávamos acostumados a usar redes sociais para fazer isso. Na realidade, eu estava passando uns dias na casa do meu pai e tinha acesso limitado à internet, o que não me impediu de apenas dois dias depois escrever um post sobre Transformers que mereciam brinquedos, uma ideia que estava me deixando absurdamente ansioso e que resultou em um dos meus posts favoritos até hoje. Meu sonho era ter feito inúmeras continuações para esse post, e me arrependo de não ter feito pelo menos uma, mas talvez um dos motivos para isso seja que as coisas no blog estavam prestes a mudar para sempre apenas dez dias depois.

No dia 29 de janeiro, teve início a transição para a segunda fase do blog, com um post falando sobre os primeiros brinquedos de DOTM que começaram a pipocar na internet. A partir daqui a nostalgia começa a bater diferente, pois consigo me lembrar da reação que tive a cada um desses brinquedos quando os vi pela primeira vez, e o que senti ao escrever sobre eles. Independente de se ainda concordo com o que foi escrito ou se hoje penso diferente, o que importa é que ler esses posts me transporta direto para aqueles tempos como se ainda estivéssemos vivendo neles, e isso é simplesmente mágico ao mesmo tempo que dói demais. Pelos meses seguintes, a maioria dos posts viriam a ser apenas isso, revelações e opiniões sobre os brinquedos de DOTM, que você pode matar a saudade clicando nos links a seguir: segundoterceiroquartoquintosextosétimooitavononodécimodécimo primeiro e décimo segundo posts, este último sendo interessante por dois motivos: a revelação de um brinquedo que nunca foi lançado, e a declaração de que esse seria supostamente o centésimo post do blog, quando pelas contas atuais ele é apenas o quadragésimo terceiro. Pois é, esse blog já teve muito mais história do que a superfície revela.

Entre tantos posts voltados ao hype que crescia por DOTM, no dia 3 de abril eu fiz o último post sobre minha própria coleção, mostrando uma combinação que eu mesmo inventei do HFTD Voyager class Battle Blades Optimus Prime com o ROTF Scout class Skystalker, como uma espécie de versão simplificada da combinação do Optimus com o Jetfire em ROTF. Depois disso, o foco em DOTM foi total, com posts sobre a revelação do novo visual do Megatron, do Sentinel Prime e do Shockwave, e de alguns pôsteres do filme, além, é claro, de muitos posts sobre os trailers e spoilers, que haviam se tornado meus favoritos de fazer. Não sei por que não fiz um post falando sobre o primeiro trailer que saiu em dezembro, mas provavelmente foi porque eu ainda não planejava transformar o blog em um site de notícias de DOTM, então comecei pelo segundo trailer, que rendeu uma análise mais profunda alguns dias depois, seguida pelo terceiro trailer, pelo quarto e mais importante trailer, por uma análise mais profunda dele também, por uma versão francesa do trailer, pelo último trailer e, finalmente, por dois curtos spots de televisão. Já os posts que são apenas sobre spoilers se resumem a quatro: o primeiroo segundoo terceiro e o quarto.

Cena do último trailer de DOTM.

Sério, a emoção de reviver esses posts foi maior do que consigo expôr em palavras. Assistir cada um dos trailers com a mesma visão de 2011 foi uma das coisas mais excitantes e simultaneamente melancólicas que eu já senti na vida. Aquele trailer que termina com o Optimus indo em direção ao Driller, meu Deus do céu, eu pulei da cadeira e meu coração disparou como se fosse a primeira vez na vida que eu assistia a essa cena. Nunca imaginei que catorze anos depois estaríamos aqui, mas é a prova do impacto inquestionável que esse filme teve em nossas vidas. Mas enfim, sabem esse post sobre os dois spots que eu mencionei ali em cima? Pois bem, ele foi o último post do blog, não só da segunda fase, mas de toda a sua "era de ouro"; o último post antes do seu repentino abandono. Então espera aí, essa é a pergunta de um milhão de dólares, o que foi que aconteceu aqui, exatamente?

Para ser totalmente sincero, eu não me lembro. Ou, pelo menos, não me lembro se teve mesmo um motivo, pois tudo que me lembro é de simplesmente passar uns dias sem querer postar, até que, de repente, o blog já havia se tornado "passado" na minha cabeça, algo que já foi e não é mais, algo que já não fazia mais sentido voltar atrás. No entanto, tenho algumas teorias de por que isso aconteceu. Acredito que foi um misto de todas as transições que ocorreram ao longo daquele ano, especialmente a partir da sua metade. Como eu já disse antes, as redes sociais que usávamos estavam mudando, e assim como o Orkut ficou para trás e eu passei a gastar todo o meu tempo no Facebook, o Blogger também se tornou ultrapassado e eu passei a dar preferência por escrever em outras redes, como o Twitter e o Tumblr. Também foi um período ao longo do qual troquei praticamente todas as minhas amizades virtuais, perdendo o contato com todo mundo que eu conhecia antes e que eu sabia que acessava o blog, e fazendo novos amigos no grupo da Nova Cybertron no Facebook, que na época era chamado de Aliança Transformers Brasil. Até onde sei, o único amigo que perdi durante a transição mas que recuperei mais tarde ao reencontrar na ATB foi justamente o Wilton, que com certeza se tornou conhecido por todos que acompanham o Cavalo Atômico de uns anos para cá. Semelhantemente, minhas amizades na vida real também estavam sendo abaladas na época, devido ao crescimento exponencial da minha obsessão por Transformers que afastou algumas pessoas, o início da minha amizade com a pessoa que mais me arrependo de ter conhecido na vida, e também o início da minha primeira tentativa de história de amor que resultou em traumas que não superei até hoje. Depois não venha me dizer que eu não tenho motivos para lembrar de 2011 como o ano mais turbulento da minha vida.

Pôster de locadora de DOTM que ganhei de uma amiga em 2011.

Em particular, lembro que a proximidade do lançamento de DOTM se tornou um problema gigantesco para mim. O cinema da minha cidade era muito precário na época e, além de ter um projetor todo chuviscado que arruinava a imagem do filme, ainda por cima tinha um atraso de inaceitáveis dois meses para estrear depois da data oficial. Se as estrelas tivessem se alinhado só um pouquinho, talvez tivesse sido possível que eu assistisse o filme em uma cidade com estreia nacional, mas não foi o caso, e o filme saiu em uma data que eu não tinha como viajar até uma cidade dessas. A sorte que eu tive foi que a cidade mais próxima da minha que também tinha cinema só atrasou o filme por um mês, não dois, e eu consegui viajar até ela só para poder assistir. Ironicamente, na época eu queria ver o filme dublado e tive que me contentar em ver legendado, pois foi somente um ano depois que passei a dar preferência por assistir filmes legendados. Mas infelizmente o estrago já estava feito, e eu já havia tomado spoilers até do papa por não conseguir me controlar na internet. Eu já sabia até qual era o último nome que aparecia durante os créditos finais antes mesmo de assistir ao filme. Isso não estragou a minha experiência de assistir, é claro, pois ela foi tão maravilhosa quanto eu sempre sonhei que fosse, mas com absoluta certeza estragou a forma como eu me comportava na internet, e sem dúvidas foi uma das causas que me desmotivou a continuar escrevendo o blog. Como posso postar notícias se sou sempre o último a saber? Pensando bem, aquilo fez um estrago danado no meu ego que eu não devo ter me recuperado até hoje, tanto quanto os traumas do meu primeiro amor.

É, acho que isso já explica mais do que o suficiente o motivo do blog ter acabado. Mesmo assim, depois de um abandono que já durava mais de um ano, houve um único momento em 2012 que eu retornei para fazer um humilde anúncio: a confirmação da data de lançamento do quarto filme de Transformers, que futuramente seria chamado de AOE. O post era só isso mesmo, uma imagem da data bem grande, sem nada escrito. Não lembro se a data do anúncio era a mesma que se tornou realidade, 27 de junho de 2014, mas acredito que sim. A motivação do post veio de um leve desejo de talvez ressuscitar o blog caso o hype por AOE fosse forte o suficiente, o que acabou não sendo o caso. O relativo pouco hype que o filme teve comparado a DOTM manteve-se limitado ao grupo da ATB no Facebook, pelo menos do meu ponto de vista. Esse post permaneceu até 2018, se não me engano, quando decidi que ele não tinha mais sentido e não era mais necessário.

Recriação do post deletado com o anúncio da data de lançamento de AOE.

E então o tempo passou e eu sofri calado. Em 2013, o Blog do Cavalo Atômico já era uma antiguidade e, por algum motivo, eu desenvolvi uma amargura gigantesca por ele. Não sei se era um mecanismo de defesa do meu cérebro que decidiu colocar a culpa de tudo que aconteceu em 2011 nele, mas eu passei a lembrar do blog como se fosse a coisa que eu mais odiava já ter feito em toda a minha vida. Eu queria que ninguém nunca, jamais, em hipótese alguma, descobrisse a minha identidade como o seu criador, exceto em uma ocasião em que decidi "homenagear" o seu legado da pior forma possível. Naquele ano, tive a ideia de começar um novo blog chamado "Perdidos em um Lugar sem Nexo", que serviria apenas para postar uma série de histórias em quadrinhos com fotos de Transformers. Soa familiar? É como se fosse uma continuação espiritual dos quadrinhos que eu fazia no Cavalo Atômico (tanto que um deles era praticamente um remake de "O Pegador") mas, em vez de historinhas episódicas, cada post seria um capítulo de uma longa e épica jornada, na qual meus Transformers passariam por muitos desafios tentando descobrir em que lugar estão e como foram parar lá. Ok, mas e o que isso tem a ver com o Cavalo Atômico? Bem, uma única coisa: no capítulo #19, o Cavalo teve uma participação especial nem um pouco agradável:

Páginas de "Perdidos em um Lugar sem Nexo #19". Clique para ampliar.

Pois é... Como vocês podem perceber, o Sideswipe ali não foi nada gentil com o nosso querido Cavalinho, que é bizarramente retratado como uma espécie de vilão. O pior é que as palavras do Sideswipe refletem exatamente o que eu sentia naqueles tempos; eu odiava mesmo o Cavalo Atômico, ao ponto de dizer que eu juro que não sei como foi que eu não joguei ele fora, na lixeira, para sempre. Talvez uma luz lá no fundo ainda me dizia que valia a pena guardá-lo sempre por perto; pena que nesse instante ela foi mal-interpretada como uma oportunidade de incluí-lo nessa história apenas para manchar a sua reputação. Com o tempo, eu também cansei desse projeto e o abandonei sem um final. Cheguei a ter diferentes ideias para justificar um final abrupto em um último capítulo, mas nunca tive ânimo suficiente para realizá-lo, ainda mais sabendo que a audiência era zero. Ironicamente, hoje eu me arrependo quinhentas vezes mais do tempo e da energia que gastei com Perdidos em um Lugar sem Nexo do que em qualquer coisa que fiz pelo Blog do Cavalo Atômico, e faço questão de manter aquele blog deletado para sempre. Mas se mesmo assim você ficou curioso em ler toda a desgraça que foi aquele projeto, sinta-se à vontade para procurar os capítulos na página do Facebook da Fritz Collection. Todos eles estão arquivados e disponíveis ao público lá no fundo do baú, mas eu não vou facilitar o seu acesso a eles mais do que isso.

E quando você pensava que a situação do Cavalo Atômico não poderia piorar, acredite, ela piorou, e muito. A pior coisa que aconteceu na história do blog veio em algum momento entre 2013 e 2014, quando ele foi possuído por uma entidade totalmente diferente do Cavalo. Por motivos que eu mesmo jamais irei compreender, chegou um determinado momento que eu decidi que tinha tanta vergonha do blog que me esforcei para mudar toda a sua identidade e fingir que ele havia sido hackeado por um troll ou algo do tipo. O nome do blog passou a ser "Blog do Sir Holland", mudança que se estendeu até mesmo para o URL, e o cabeçalho passou a ser uma arte do Shockwave com o Driller de DOTM tirada de um jogo de cartas japonês chamado Transformers Heat Scramble. Agora, quem supostamente seria "Sir Holland" e por que cargas d'água eu escolhi o Shockwave para representá-lo? Você provavelmente nunca saberá, porque eu mesmo nunca saberei, mas em retrospecto gosto de pensar nessa "era das trevas" do blog como se fosse a fase da vida do Homem-Aranha em que ele foi possuído pelo Venom.

Imagem do Shockwave usada como cabeçalho do Blog do Sir Holland.

Junto dessa drástica mudança, veio um único post: uma simples imagem do Littlefoot triste e sozinho tirada do primeiro Em Busca do Vale Encantado, sem nada escrito no título nem no corpo do post. Mas o que significa? Uma bandeira de piratas? Não! Até onde consigo me lembrar, o post representava algum tipo de depressão que eu estava sentindo naquela época, e simbolizava uma espécie de luto pelo Cavalo Atômico, que eu via como se já estivesse morto e enterrado. Juro pra vocês que eu não sei como que nesse momento eu não excluí o blog inteiro de maneira totalmente irreversível. Felizmente, nenhum dos posts anteriores foi afetado por essa mudança de visual, e continuaram disponíveis a todos que o acessassem. As coisas por aqui permaneceriam desse jeito por mais alguns anos, sem quaisquer atualizações, até que o post do Littlefoot acabaria sendo deletado em 2018, junto do post da data de AOE, e a sorte finalmente começaria a mudar para o lado do Cavalo Atômico de novo.

Imagem do Littlefoot postada no Blog do Sir Holland em 2014.

Pode parecer estranho, mas o que acabou ajudando o Cavalo Atômico a voltar do esquecimento foi nada mais e nada menos que o famigerado quinto filme de Transformers, TLK. Por mais inacreditável que seja imaginar isso hoje, o filme acabou ganhando muito hype antes do seu lançamento, não tanto quanto DOTM, mas certamente muito mais do que AOE. Isso me levou a me sentir nostálgico pelo Cavalo Atômico pela primeira vez, e decidi tentar capturar novamente aquela emoção de gerar ainda mais hype por um filme de Transformers através desse meu personagem. Só que ainda não seria dessa vez que eu ressuscitaria o blog, pois achei que o ideal seria modernizar a minha estratégia e substituí-lo pelas redes sociais que ainda faziam sucesso na época. Então a primeira coisa que fiz foi criar uma página no Facebook, que hoje já está semi-abandonada como consequência da própria rede estar em decadência, e um perfil no Twitter, que nem sequer me darei ao trabalho de linkar porque para mim essa rede já está oficialmente morta há muito tempo. Claro que, se tivéssemos ficado apenas nessas duas, o pobre Cavalo já teria caído no limbo de novo, mas por sorte logo em seguida também veio a conta no Instagram e pelo menos essa rede ainda se mantém relativamente popular.  As redes sociais do Cavalo Atômico são mantidas voluntariamente por mim, lógico, e pelo Wilton, que faz um trabalho excepcional em às vezes lembrar que elas existem, exatamente do mesmo jeitinho que eu faço.

Novo logo do Cavalo Atômico criado em 2017.

Uma outra curiosidade sobre as redes sociais do Cavalo Atômico é que, no começo, eu pensava em apenas postar notícias, mas quando o Wilton ganhou os privilégios de colaborador ele imediatamente começou a postar memes, e eu acabei aceitando como a nossa nova identidade. Por mais que eu tenha duvidado na época, a longo prazo isso foi muito melhor, porque a gente jamais teria conseguido manter as redes atualizadas se só tentássemos postar notícias. Pior ainda, se fôssemos nos limitar apenas aos filmes, não teríamos sobrevivido às duas maiores secas de notícias da história da franquia, que foram o limbo entre o filme do Bumblebee e ROTB, e o limbo que estamos vivendo hoje. Pelo menos os memes podem ser muito mais atemporais, descompromissados, rápidos e divertidos de fazer. Isso quando a gente se lembra de fazê-los, é claro.

Exemplo de meme postado nas redes sociais do Cavalo Atômico, neste caso em 2019.

Esse ano também marcou um importante desenvolvimento na história fictícia do Cavalo Atômico. Foi quando eu decidi que seu arquiinimigo deveria ser o Porco-Demônio, personagem que eu inventei antes mesmo do próprio Cavalo, durante um evento de agronegócio da minha cidade, só não tenho certeza se foi durante a primeira edição, em 2008, ou durante a segunda, em 2009. Jamais esquecerei como, no panfleto de uma cooperativa que vendia ração para animais de fazenda, a imagem ilustrativa de um porco me fez rir tanto que eu só conseguia pensar que ele se parecia com um demônio. De fato, minha criatividade naquela época ainda era algo de outro nível. Então eu peguei pequenas amostras grátis de 100g de arroz e comecei a atirá-las para o alto enquanto corria pelo evento e gritava "Porco-Demônio, Porco-Demônio!". Um tempo depois, em 2012, eu encontrei esse mesmo porco na fachada de uma agropecuária enquanto caminhava pela cidade com meus colegas de escola, e fiz um escândalo que ficou até registrado em vídeo. Lógico que esse vídeo é privado e não vou compartilhar aqui, mas prova como eu sempre mantive esse personagem comigo ao longo dos anos, e até me surpreende ter demorado tanto tempo assim para eu ter a brilhante ideia de colocar um contra o outro.

Imagem original que inspirou a criação do Porco-Demônio.

Além do Porco-Demônio, eu também decidi adicionar outro animal do meu legendário ao cânone do Cavalo Atômico: trata-se da Piroquinha, um cavalinho vermelho inflável daqueles que se encontram aos montes em lojas de rua, que seria o sidekick do Cavalo no maior estilo Robin. E sim, você leu certo e eu não escrevi errado, é "Piroquinha" com R mesmo, como se fosse o diminutivo de "piroca". O motivo disso é porque, em outro vídeo de 2012 semelhante ao do Porco-Demônio, eu fiquei emocionado por encontrar um cavalinho vermelho desses no meio de um evento da escola e, sem saber o que dizer, acabei gritando "Uma piroquinha!! Daquelas do camelô!!!" enquanto chutava a bunda dela. Eu acho que o que aconteceu foi que o meu cérebro tentou se lembrar da pichorra do Chaves e acabou se confundindo, saindo algo muito mais engraçado no lugar. Ei, se os gaúchos podem chamar o pão francês de "cacetinho", então eu também posso chamar o meu cavalinho vermelho de "Piroquinha", tá? E eu até já pensei que, se caso algum dia eu precise censurar o nome, é só mudar o R para um P e chamar de "Pipoquinha" que também funciona. Fica até mais bonitinho assim, mas o nome original sempre será o mais engraçado. E assim, com a introdução dos novos personagens, houve uma nova tentativa minha de estabelecer a história canônica do Cavalo Atômico, mas no fim tudo continuou apenas no reino das ideias flutuantes.

Desenho que retrata o Cavalo Atômico e a Piroquinha contra o Porco-Demônio, feito em 2017.

Voltando às redes sociais, 2017 veio e se foi e TLK não foi o sucesso que esperávamos, mas felizmente já não nos importávamos mais em noticiar nada e seguimos mantendo as redes sociais vivas com mais memes esporádicos. Quando 2018 chegou, no entanto, senti que estava na hora de corrigir o meu maior erro e reverter o estrago que eu mesmo fiz ao blog original. Então eu voltei aqui, bani o "Sir Holland" para o reino das sombras, restaurei o nome e o URL para Blog do Cavalo Atômico, e mudei o cabeçalho para a versão que temos hoje. Essa restauração do blog veio acompanhada de dois posts que incentivavam os visitantes a participar de rifas sendo realizadas por membros da Nova Cybertron no Facebook, dando aos participantes a chance de ganhar alguns Transformers bem legais por um precinho simbólico, mas, como não é de se surpreender, com o tempo acabei achando que esses posts poderiam envelhecer mal e achei melhor tirá-los do ar. Pode parecer um tanto quanto contraprodutivo já começar o resgate do blog com posts descartáveis e deletados, o que realmente é, mas por sorte conteúdos melhores viriam na sequência.

Cabeçalho atual do blog.

O primeiro post permanente da nova fase do blog, chamada de "renascença", foi publicado em 22 de março de 2018 e tratava do lançamento da linha Studio Series, algo que me pegou totalmente de surpresa na época e reativou meu amor incondicional pelos filmes. O post foi seguido por uma Parte 2 em 22 de setembro de 2018 e, por pura coincidência, uma Parte 3 no dia 22 de março de 2019, exatamente um ano depois da primeira. Pena que eu quebrei o padrão ao não criar uma quarta parte, e agora a linha já cresceu demais para querer correr atrás de cobrir tudo que falta, mas ainda assim valeu a pena criar esses três posts. Ainda lembro de como foi criá-los nos computadores da faculdade durante os horários que eu deveria estar trabalhando ou estudando. Bons tempos.

Voltando um pouco para 2018, apenas um dia depois da primeira parte sobre a Studio Series, eu me empolguei e decidi criar um post sobre o crossover entre Transformers e Evangelion, pois eu estava em uma fase de muito interesse pelo anime evangélico e queria sentir um pouco do gostinho de como seria escrever sobre ele. Curiosamente, esse post se manteve atual até exatamente um mês atrás, quando uma nova figura que mistura o Optimus Prime com o Eva-01 foi anunciada como parte de uma nova linha da TakaraTomy chamada Sinergenex. Eu gostei muito da proposta da nova figura, e continuo gostando bastante do meu post sobre o crossover original também.

Poucos dias depois, tive a ideia de dar início a mais um projeto que, para a surpresa de ninguém, não foi pra frente, mas que foi divertido tentar. O projeto, chamado "As Aventuras do Cavalo Atômico", se propunha a ser uma série de vídeos de curta duração que começaria como um soft-reboot da história do Cavalo Atômico e, aos poucos, evoluiria para uma história mais dramática e complexa. Somente o primeiro episódio foi produzido, revelando uma versão fictícia dos eventos que levaram o blog a ser abandonado, e contando com a participação especial do Rigo, o urso preto que apareceu lá na foto de ano novo de 2010 para 2011, e também do Porco-Demônio e da Piroquinha nos comentários do blog, como uma forma de foreshadowing para as suas aparições futuras. Como eu já observei lá no início deste post, os comentários foram feitos por mim mesmo no primeiro post do blog apenas para que o print usado no vídeo parecesse mais genuíno.

Já o segundo episódio chegou a ter a sua produção iniciada, mas não foi concluído, e teria mostrado o Cavalo agindo como um herói pela primeira vez ao derrotar um gorila que estaria aterrorisando civis durante um evento público. Dentre os civis, estaria Rego, o suricate azul. O gorila seria então revelado como sendo um capanga do Porco-Demônio, que seria o vilão final da série, e muita coisa iria se desenrolar a partir daí. Eu até comprei um porco de brinquedo para interpretar o Porco-Demônio quando chegasse a sua vez de aparecer na série e, mesmo que esse dia nunca tenha chegado, achei que valeu muito a pena adicionar uma representação física desse personagem à minha coleção. Apesar de ser bem maior que o brinquedo do Cavalo, é inegável que a cara desse porco de brinquedo ficou perfeita para representar o Porco-Demônio do jeitinho que eu sempre o imaginei. E afinal, quem liga para escala correta quando se é colecionador de Transformers?

Brinquedo que representa o Porco-Demônio ao lado do Cavalo Atômico.

Depois de mais uma tentativa de estabelecer uma ficção para o meu querido cavalinho amarelo, voltei a focar os posts do blog em Transformers, começando por um muito nostálgico sobre antigos stop-motions que faziam sucesso no YouTube quando eu ainda era criança. Eu diria que esse post é o que deu início ao meu novo estilo de escrita, que dá muito mais ênfase aos sentimentos de nostalgia e melancolia pelo passado do que qualquer tipo de apreciação pelo presente ou pelo que é novo. Até mesmo o próximo post, no qual eu comento em detalhes sobre o anúncio do Deluxe class das irmãs Arcee da Studio Series, é escrito com uma perspectiva que busca gerar nostalgia pelos velhos tempos em que a Arcee de ROTF era uma verdadeira confusão, e de fato escrever esse post me fez sentir saudades do meu antigo post sobre o dilema dos Constructicons. Eu queria muito ter escrito um post no mesmo estilo desse sobre os Wreckers da Studio Series, mas acabei perdendo o momento para isso e não sei se ainda acharia interessante fazê-lo, ainda mais considerando a frustração que acabou se tornando tentar adquirir um Leadfoot. Infelizmente, em vez do dilema dessa equipe chegar ao fim, um dos mesmos erros da linha de DOTM acabou se repetindo dez anos depois na Studio Series.

Imagem do Optimus Prime montado no Cavalo Atômico usada pelo canal Fritzolino.

O ano seguinte, 2020, trouxe apenas dois posts, que tratavam-se dos primeiros crossovers entre duas das minhas faces na internet: este blog e o canal Fritzolino no YouTube. Primeiro foi o post sobre o Barricade, e depois foi o post sobre quantos Constructicons aparecem nos filmes, que foi idealizado como uma grande atualização do antigo post sobre eles e também como uma continuação espiritual do post sobre as irmãs Arcee. Os posts são, na verdade, apenas os roteiros por escrito dos vídeos que foram publicados no canal Fritzolino, e foram criados mais como uma forma de tentar preservá-los em formato de texto do que efetivamente servirem como posts verdadeiros do blog, mas mesmo assim eu ainda os considero como partes do todo. O único problema foi que, quando eu fiz o post do Barricade, o algoritmo do Blogger identificou que ele se tratava apenas do roteiro do vídeo e desativou por completo a possibilidade deste blog de ser monetizado, pois existe uma regra que eu nem imaginava que diz que justo esse tipo de coisa é contra os termos de monetização. Fala sério, né? Que coisa mais ridícula, e quem poderia ter previsto isso? Ainda bem que eu não perdi nada com isso, pois o blog nunca foi monetizado e eu jamais ganhei um centavo com ele, mas mesmo assim dá uma sensação muito incômoda saber que, por um motivo tão besta como esse, ele simplesmente deixou de ser elegível para ganhar dinheiro algum dia. 2020 também marca o ano em que eu ganhei de presente de Natal um cavalinho vermelho inflável de verdade, depois de tantos anos sonhando em ter um desses. Com isso, finalmente posso dizer que tenho minha própria Piroquinha.

A Piroquinha.

Só então chegamos na década de 2020, que começa com o ano de 2021, porque naturalmente é assim que décadas funcionam. Na nossa década atual, o blog vem se mantendo vivo devagar, coincidentemente com apenas um post por ano, mas que estão todos entre os meus textos favoritos já escritos e que refletem muitos dos meus pensamentos mais íntimos. Em 29 de abril de 2021, eu postei uma análise dos três primeiros animes da franquia "Brave" ou "Yūsha", a "irmã perdida" de Transformers, como eu a chamo no título do post. Na época, eu tinha acabado de assistir Exkaiser e fiquei encantado com o anime, sentindo que ele possuía exatamente os elementos que eu mais sentia falta nas séries recentes de Transformers. Então maratonei Fighbird e Da-Garn e senti um impulso para escrever aquele artigo. Minha intenção era continuar escrevendo conforme eu maratonava os animes seguintes, mas mais uma vez eu não fui capaz de cumprir minha palavra e esse segue sendo o meu único post sobre Brave. Desde então, eu já assisti mais três animes: Might Gaine, J-Decker e Goldran; enquanto os últimos dois, Dagwon e GaoGaiGar, seguem esperando os seus momentos. Sei que este último é o mais popular de toda a franquia, mas ainda não sei nada sobre ele porque prefiro continuar evitando spoilers até assistir.

No entanto, não é apenas de posts no blog que o Cavalo vem sobrevivendo na nova década. As redes sociais continuam com seus próprios posts com uma frequência relativamente muito maior e, como muitos já devem saber, o personagem passou a batizar uma nova série de vídeos no canal Fritzolino; tratam-se das Lives do Cavalo Atômico, estrelando Fritz e Wilton. As primeiras seis lives, realizadas entre 12 de junho e 30 de outubro de 2021, abordaram cada um dos seis filmes live-action de Transformers que já existiam até então: o filme de 2007, ROTFDOTMAOE, TLK e Bumblebee, e marcaram o período mais ativo dos dois amigos trabalhando juntos. Trinta e três cortes das três primeiras lives também foram publicados no canal. Além dos comentários sobre os filmes e outros tópicos, as lives também contam com algumas das primeiras vezes que eu falei publicamente sobre a história do Cavalo Atômico, de modo semelhante a este post. Só por favor não me peçam para encontrar os exatos minutos em que isso aconteceu, porque são horas demais de vídeos para eu tentar escavar agora. Mas chances são de que você que está lendo já tenha assistido essas lives, pois tenho certeza de que elas foram responsáveis por um grande número, talvez o maior de todos até hoje, de pessoas que vieram a conhecer o nome "Cavalo Atômico". Se esse for o seu caso, seja bem-vindo ao blog, foi aqui que tudo começou.

O Cavalo Atômico ao lado do Nikushoku, o mascote do canal Fritzolino.

Um ano se passou e tanto o blog quanto as lives tiveram um novo hiato, mas logo retornaram com tudo. No dia 20 de setembro de 2022, feriado estadual, publiquei uma reescrita da história de Transformers, que eu batizei de uma "fanfic da vida real" de forma bem-humorada. Admito que a vontade de escrever surgiu de um sentimento não tão positivo, pois eu estava cansado (e, francamente, ainda estou) de ver a franquia se apegando apenas às suas origens nos anos 80 e se esquecendo de grande parte de sua história desde então, especialmente o período do início dos anos 2000, que foi tão importante para mim. Então decidi dar a louca e tentar imaginar um mundo em que a franquia só foi criada em 2001 mesmo, passando a existir apenas com a minha querida RID. Foi um exercício divertido, se não um tanto egocêntrico e depressivo. Mas não se preocupem, amigos, eu ainda gosto da G1, sim, só acho que o peso dessa balança ainda continua muito desproporcional.

Dois meses depois, no dia 20 de novembro, foi a vez da sétima Live do Cavalo Atômico, que desta vez foi sobre as mais diversas novidades de Transformers, já que ainda não tínhamos um filme novo para comentar. Foi somente na oitava live, realizada no dia 29 de abril de 2023, que tivemos notícias sobre o próximo filme e tentamos criar o maior hype possível para ROTB. Essa é provavelmente a live que envelheceu pior, pois o hype não valeu nem um pouco a pena para um filme tão mixuruco quanto aquele, mas aposto que deve ser engraçado assistir a ela de novo para rir das nossas falsas esperanças. A nona live, com o nosso veredito final sobre ROTB, só foi ao ar quase um ano depois, no dia 25 de fevereiro de 2024, e contou com insuportáveis dez horas de duração, para o terror da nossa audiência. Antes de acontecer, essa live recebeu um hilário anúncio em formato de short narrado pelo Wilton, com os apresentadores representados por figuras de Lego e o próprio Cavalo Atômico fazendo uma pequena aparição.

Voltando um pouco no tempo, para o período entre a oitava e a nona lives, foram feitos dois dos mais importantes posts no blog, em minha opinião, é claro. Em 28 de dezembro de 2023 eu postei um longo relato de como seria a minha versão de Transformers baseada nas minhas ideias de infância, e foi uma experiência extremamente catártica para mim. Passei muitos anos querendo resgatar aquelas antigas ideias que eu tinha e que já estavam se tornando praticamente esquecidas. O que me levou a querer escrever esse texto foi o sentimento de que Transformers está cada vez mais homogêneo, forçando toda a sua ficção a caber em um único molde que dita as regras; é a ideia de uma única mitologia unificada que começou com o conceito do universo Aligned e hoje pode ser visto em coisas como os designs "Evergreen". É frustrante sentir que não existe mais espaço para novas ideias dentro da franquia, que uma nova origem para a raça cybertroniana não pode mais ser criada, que novos rumos para os personagens não podem mais ser descobertos, e que novas histórias não podem ser contadas. Foi por isso que fiz tanta questão de eternizar minhas memórias de quando eu ainda era uma criança livre das correntes imaginativas da Hasbro, de quando eu podia decidir como tudo funcionaria no meu próprio universo de Transformers sem que alguém jamais pudesse me dizer que eu estava fazendo algo errado, e foi esse sentimento que eu quis capturar fazendo esse post. No fim das contas, só espero que ele também tenha sido bem-sucedido em transmitir as minhas ideias para você, assim como foi para mim mesmo.

Fritz e Wilton de Lego montados no Cavalo Atômico.

Poucos dias depois, mas já no ano seguinte, em 16 de janeiro de 2024, publiquei o último post no blog antes deste que você está lendo, no qual eu reescrevi o roteiro de ROTF para a minha preferência. O sentimento aqui é semelhante ao dos dois posts anteriores; satisfazer meus desejos de mudar a história da franquia para o meu agrado e corrigir alguns erros do passado. Desde então, se passaram quase dois anos sem posts e eu quase nem percebi, por isso até dei sorte de conseguir fazer este post ainda em 2025 para que justo o aniversário de 15 anos do blog não passe totalmente batido. É claro que muitas outras ideias circularam na minha cabeça para novos posts durante esse tempo, mas é sempre necessário um verdadeiro impulso para que elas passem dos meus dedos para o meu teclado, assim como é preciso tempo para que isso aconteça. E por falar nisso, tempo também é essencial para que mais lives possam ser realizadas.

No dia 26 de outubro de 2024, foi ao ar a décima live, na qual julgávamos o novo filme, Transformers One. Essa live também recebeu um anúncio em formato de short, desta vez com o próprio Cavalo narrando e protagonizando. A décima primeira live, a mais recente até agora, foi ao ar no dia 19 de julho de 2025, e contou com os apresentadores demonstrando seus medos e receios pelo conturbado futuro que ainda aguarda a franquia Transformers pela frente. Mesmo assim, continuamos otimistas de que muitas coisas boas ainda virão e certamente estaremos lá para comentar sobre elas. Infelizmente, nossos estilos de vida hoje dificultam que marquemos novas lives tão cedo e com tanta frequência, mas não tenham dúvidas de que estaremos reunidos de novo para a décima segunda live assim que possível.

E como vocês devem ter percebido, chegamos a 2025, o ano que já se aproxima do fim mas no qual ainda nos encontramos na data de publicação deste post. Estamos em dia com os posts do blog e com as lives do YouTube, e agora só preciso contar as três últimas novidades para vocês antes de encerrarmos. No que se refere à ficção do nosso querido Cavalo, recentemente houve um novo desenvolvimento. Certo dia, eu estava caminhando na rua quando olhei para o chão e avistei um cavalinho de brinquedo muito familiar enterrado na calçada. Pude perceber que se tratava do exato mesmo molde do Cavalo Atômico, talvez apenas com minúsculas mudanças devido a variações na fabricação. Só haviam dois detalhes que eram significativamente diferentes dos que eu estava acostumado: a cor azul claro, que eu nunca tinha visto nesse molde antes, e a ausência da perna dianteira direita, que havia desaparecido junto de uma boa parte do seu corpo quebrado. Apesar da vontade, eu não juntei o brinquedo do chão, pois não faço ideia de por onde ele já andou, mas tirei uma foto para mantê-lo comigo. Assim que eu o vi, imediatamente tive a ideia de que eu deveria adicioná-lo ao cânone do Cavalo Atômico como um novo personagem chamado Cavalo Criogênico, o que abriu as portas das possibilidades para a existência de uma equipe de super-cavalos semelhante à Liga da Justiça ou aos Vingadores. Mas encontrar o Cavalo Criogênico naquele estado só podia ser um sinal... Mas um sinal de quê? Já sei! Um sinal de que existe um misterioso novo vilão na área que está perseguindo e aniquiliando um por um dos colegas de equipe do Cavalo Atômico, e o Cavalo Criogênico se sacrificou para tentar alertar o nosso herói sobre o destino que o aguarda. Caramba, fiquei até empolgado agora! Não vejo a hora de eu mesmo descobrir quais serão os próximos capítulos dessa longa e lenta aventura...

O Cavalo Criogênico encontrado morto em 6 de julho de 2025.

Já no lado das redes sociais, mais especificamente no Instagram, apesar das coisas nunca terem ido muito longe, o recente anúncio de uma figura do Optimus Prime que se transforma em um boi puxando uma carroça me levou a um surto de criatividade que resultou em dois novos e maravilhosos posts. O primeiro, mais modesto, foi uma montagem da cena do primeiro filme em que o Optimus se transforma heroicamente ao chegar na cidade e confronta o Megatron. Na montagem, inseri imagens da nova figura, que se chama "Age of Samurai Optimus Prime" da linha Generations Timelines, e do Cyberworld Cyber Changer Megatron, que também se transforma em um boi, em cima de prints da cena, criando a ilusão de que os dois líderes estão prestes a se enfrentar em suas respectivas formas bovinas. Eu adorei fazer esse meme, mas foi apenas o segundo que atingiu um novo patamar nunca antes visto. Desta vez, eu peguei um recorte em formato de vídeo da cena do final de ROTF em que o Optimus ressuscita e se levanta, e simplesmente inseri uma imagem do brinquedo no modo animal no canto da cena. O resultado foi um efeito hilariante que recontextualiza o momento em que o Optimus fala "Boy", se direcionando ao Sam Witwicky, e faz parecer que ele está dizendo "Boi" ao dar uma boa olhada em sua nova figura. O meme, ou reel, foi um sucesso astronômico para as nossas humildes proporções, atingindo mais de 65 mil visualizações e quase 4 mil likes até esta data, meras três semanas depois, e mais notificações sobre ele não param de chegar a cada dia que passa. Por mais que tenha sido uma única vez, é tremendamente satisfatório saber que algo que eu criei apenas por paixão atingiu e agradou tantas pessoas assim. E se você por acaso ainda não viu, eu altamente recomendo que você clique ali no link e confira o vídeo agora mesmo.

Meme postado no Instagram do Cavalo Atômico em 10 de outubro de 2025.

Para finalizar, gostaria de relatar a coisa mais recente que fiz por este blog, mas antes precisamos voltar alguns anos, acredito que para o final de 2022, se não me falha a memória. Naquela época, eu estava realizando um projeto pessoal de tentar resgatar da internet o máximo possível de fotos dos meus Transformers que eu já havia publicado, para deixar tudo salvo e organizado no meu computador e em alguns backups. Foi isso que deu origem à página Fritz Collection, já mencionada neste post. Eu já havia vasculhado praticamente todos os cantos que eu era capaz de imaginar que ainda poderiam ter fotos minhas escondidas debaixo de suas pedras, até que certo dia me ocorreu de procurar nas profundezas aqui do Blogger, onde me dei de cara com a página para onde todas as imagens publicadas aqui vão parar. Lá estavam reunidas todas as imagens já publicadas no Blog do Cavalo Atômico antes de 2018, até mesmo as que eu pensava que haviam sido deletadas quando tirei seus respectivos posts do ar. Na hora, achei aquilo maravilhoso, e comecei a resgatar algumas imagens, como a própria história em quadrinhos da origem do Cavalo Atômico que comentei lá em cima. Até que, em um fatídico momento de distração, eu cliquei em um, um único botão errado, e o filho da mãe teve a ousadia de deletar, de uma vez por todas, absolutamente todas as imagens ali presentes, e não havia mais nada que eu pudesse fazer para reverter isso. Algumas fotos dos meus Transformers que eu cheguei a ver que estavam ali, e que me agradou tanto vê-las novamente depois de tantos anos perdidas, mas que eu ainda não havia copiado de volta, se perderam para sempre mais uma vez, e desta vez foi para valer. Aquilo partiu meu coração de uma forma que eu nunca havia sentido antes, pois foi um erro completamente acidental meu e somente meu, causado em apenas uma fração de segundos, e o pior ainda estava por vir quando finalmente me caísse a ficha de que todos os posts do blog anteriores a 2018 haviam perdido todas as suas imagens.

Na hora, fui obrigado apenas a aceitar o que aconteceu e seguir em frente. Tive que me conformar com a ideia de que eu era a única pessoa em todo o planeta que se importava com isso, então não fazia diferença deixar todos os posts quebrados, sem imagens e só com os textos. Certamente ninguém nunca mais visitaria qualquer um deles, mesmo. E assim o tempo foi passando e eu segui a vida tentando ignorar isso, até que finalmente, uma semana atrás, não resisti mais e tive um surto de querer corrigir isso a todo custo. Mesmo ocupado com coisas muito mais importantes, encontrei brechas que me permitiram, ao longo de três dias, explorar todos os posts e restaurar cada um deles à sua antiga glória. Para ser mais específico, o que eu fiz foi ler cada post, lembrar qual era cada uma das imagens neles, e correr atrás de reencontrá-las ou recriá-las o mais próximo possível. Algumas eu sabia que era só copiar as exatas mesmas imagens da TFWiki ou de algum outro lugar do Google que eu sabia que havia copiado lá em 2010 ou 2011 também. Outras, foi necessário recriar, como juntar duas imagens em uma, adicionar círculos ou setas, tirar novos prints dos trailers de DOTM, e assim por diante. Havia também algumas que eu até conseguia me lembrar quais eram as imagens originais, mas que eu sabia que não valia muito a pena correr atrás de encontrá-las e que alguma substituição cairia melhor, como nos casos que achei benéfico substituir imagens vazadas de figuras de DOTM por imagens divulgadas oficialmente mais ou menos na mesma época. Apenas pouquíssimos casos foram impossíveis de restaurar e por isso decidi excluir os posts definitivamente, como eu já havia mencionado lá no comecinho deste post.

Aproveitando o gancho, também achei necessário fazer pequenos ajustes no texto de alguns posts antigos. É claro que eu jamais iria alterar a forma como eu escrevia na época, mas tive que corrigir alguns errinhos de português que sei que cometi sem querer, porque, apesar de eu ter o meu próprio estilo frenético de escrita, sempre detestei erros evidentes de digitação, como palavras escritas de forma errada, a menos que seja intencional para humor ou algo do tipo, e ainda assim olhe lá. Muitas vezes já deixei de achar graça em memes por causa da escrita quase ilegível neles. Outra alteração que senti necessidade de fazer foi remover passagens que envelheceram extremamente mal, devido ao uso de palavras ou expressões que eram comuns na época, mas que hoje me embrulham o estômago só de olhar. Sei que apagá-las é um tipo de revisionismo histórico, e eu não concordo com certos tipos de revisionismo, mas como estamos falando de algo que é profundamente pessoal para mim, não posso permitir que essas expressões continuem publicamente atreladas à minha imagem. E é claro que, nos casos em que eu simplesmente dei uma opinião diferente de como eu penso hoje, não há problema algum em deixar as coisas como estão. O importante é que agora, pela primeira vez desde a sua origem, o Blog do Cavalo Atômico está perfeitamente organizado de um jeito que me agrada e não me gera vergonha ou arrependimentos, permitindo que eu finalmente vire essa página da minha vida e, quem sabe, até feche esse livro de vez.

Isso não significa, é claro, que esse é o fim do Cavalo Atômico, apenas que é chegado o momento de pararmos de olhar tanto para trás e começarmos a olhar muito mais para a frente. Que este post marque a celebração definitiva desses quinze anos que se passaram, e que o futuro deste meu querido personagem seja muito mais longevo e brilhante do que foi até agora. Para encerrar, gostaria de deixá-los com uma foto que tirei cinco anos atrás usando um efeito direto da minha câmera e que até hoje nunca encontrei um lugar adequado para postar, então aqui vai ela:

Com vocês, o Cavalo Maromba.

Do fundo do meu coração, agradeço a todos que leram até aqui, e como sempre, nos vemos no próximo post aqui do blog, nos próximos posts do Instagram, e nas próximas lives do YouTube.

Muito obrigado e até mais!

Um comentário:

  1. Parabéns pelos 15 anos de equinidades radioativas! Foi um relato poderoso, sincero e que traduz de forma muito interessante os sentimentos que acompanham o ato de escrever um blog. Assim como o stop motion, esta plataforma era um dos poucos recursos técnicos disponíveis, hoje é um dos muitos estilos de se passar uma mensagem. Talvez nunca passe pela cabeça dos leitores o quanto um post num blog é revisitado, revisado (ou até abandonado) pelo autor. A beleza está na sua forma permanente, ao contrário das timelines infinitas das redes sociais que tornam descartável qualquer conteúdo. Eu considero o blog da Ilha, por exemplo, como um item da minha coleção, aquela peça que eventualmente pego, limpo, mexo, e que me despertam ideias e lembranças. Posso não interagir com ela o tempo todo, mas sei que está lá. Independentemente do conteúdo das postagens, o ato de escrever acaba sendo um reflexo de nós mesmos, mesmo que inconsciente. Sem o engajamento de antes, fazer um blog hoje é um exercício, movido apenas pelo gosto e pela satisfação pessoal, mas que pode fazer uso das redes sociais para alcançar o público que realmente gosta da leitura. Ano que vem completo 20 de escrita na internet sobre Transformers, e posso afirmar com certeza que compreendo e compartilho dos seus sentimentos nessa trajetória que pode ser solitária, mas é parte fundamental de nós mesmos. Faço votos que possamos conversar mais sobre esta incrível jornada de expressão de ideias. Um abraço sincero e votos de muitos posts e longevidade para nosso querido Cavalinho, e que o Porco Demônio seja sempre derrotado!

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